Paraty e Ilha Grande - parte I
- Mulheres 30 Demais
- 18 de jan. de 2019
- 4 min de leitura

Nas férias deste ano, meu marido e eu resolvemos conhecer uma parte do litoral do Rio de Janeiro. Nós dois tínhamos vontade de ir para Paraty, Ilha Grande apareceu meio sem querer no nosso roteiro, mas foi uma grata surpresa! O planejamento da viagem começou com uma olhada no mapa para ver o melhor caminho até Paraty, a ideia era ficar uma semana por lá. Mas vimos esta tal de Ilha Grande, que fica na região de Angra dos Reis, e como nenhum de nós dois conhecia o local, resolvemos pesquisar para ver se poderia ser um destino interessante. Em menos de 5 minutos de pesquisa, decidimos que iríamos para lá também. As fotos das praias nos encantaram, foi amor à primeira vista! Nosso roteiro então mudou: 2 dias em Paraty e 4 dias em Ilha Grande.
Saímos de Campinas, no interior de São Paulo, no dia 3 de janeiro. Decidimos descer a serra por Caraguatatuba, o caminho é um pouco mais longo, mas também é mais bonito, pois vamos margeando o litoral de Ubatuba. Pensamos que por ser depois do Ano Novo, o trânsito estaria tranquilo... que ilusão! Levamos 11 horas para percorrer cerca de 380 km!!! Acho que o estado de São Paulo inteiro estava no litoral norte paulista (rsrs). Então, fica a dica! Se você é de São Paulo e for viajar neste período de férias prefira a serra de Taubaté ou de Cunha, assim evita o tráfego de quem está em Caraguatatuba e Ubatuba. Pela estrada de Cunha, são cerca de 340 km (saindo de Campinas) até Paraty, é o caminho mais curto. Outra dica para quem vai de São Paulo, abasteça o carro antes de cruzar o limite de estados. O combustível no Rio é bem mais caro, então vale a pena ir com o tanque cheio.
Por ser alta temporada, os preços de hotéis e pousadas em Paraty estavam meio salgados. Nossa opção foi procurar hospedagem no Air BNB. Foi a primeira vez que usamos este recurso e a experiência foi ótima. O valor da diária é mais baixo do que um hotel e tínhamos todas as comodidades (roupas de cama e banho, itens para o café da manhã e uma cozinha à disposição).

Além disso, o local onde ficamos é maravilhoso, à beira da Mata Atlântica. Acordamos de manhã com macaquinhos na nossa janela esperando para receber comida, uma graça!
Para quem é da cidade e só vê concreto todos os dias, a experiência é muito gostosa. Mas se você tem medo de insetos, prefira um local mais no meio da cidade para não sofrer. Vira e mexe apareciam borboletas e outros insetos pequenos por ali. O site do Air BNB tem muitas opções.
É essencial levar à Paraty um repelente contra insetos, pois a cidade tem muito pernilongo nesta época de verão. Aliás, o repelente é um dos 30 itens essenciais que listamos para levar na mala de viagem para a praia. Para ver o post completo, com todos os itens, é só clicar aqui!
Paraty é linda! O centro histórico é do jeitinho que eu imaginava, com aquelas ruas de pedra, casas e igrejas do período colonial muito bem conservadas. Você pode contratar guias locais para explicar a história da cidade. Eles vão te mostrar, por exemplo, a casa onde a família real se hospedava. Nós preferimos só andar e contemplar as construções, as ruas, os artefatos de proteção da cidade que remetem ao século XVII, enfim, apreciar cada cantinho que nos aparecia quando dobrávamos uma esquina.
As praias de Paraty passam longe de ser paradisíacas. Na cidade propriamente dita você pode ir à praia de Jabaquara, mas não pode se importar com aquele lodo típico do encontro do mar com o rio. A água é limpa, só dá uma sensação um pouco ruim pisar nessa vegetação. Nós até arriscamos um banho de mar, mas o ideal para quem vai passar mais tempo na região é fazer passeios de escuna por praias que ficam perto dali. Você também pode ir à Trindade, que fica a cerca de 30 km de Paraty. O destino é bem comum para quem visita a cidade. Os passeios de escuna podem ser contratados em várias agências locais. Como nossa intenção era ficar só 2 dias, resolvemos curtir o centro histórico mesmo.
Como durante o dia a maioria dos turistas está nos passeios, a vida na cidade é noturna. Grande parte dos restaurantes, bares e sorveterias está no centro e eles ficam lotados! Vá jantar cedo ou vá com paciência para enfrentar fila e um tempo de espera pelo prato. Com relação à gastronomia existem várias opções. Desde pizzarias e lanchonetes até restaurantes de culinária internacional.

Tem para todos os bolsos e gostos. Independentemente onde decidir jantar, não deixe de apreciar a sobremesa em um desses carrinhos de doces. São vários pela cidade e pelo jeito é uma tradição local. Nós comemos um bolo de chocolate com coco maravilhoso!
Tudo ia muito bem até pegarmos um típico temporal de verão. O problema não foi a chuva e, sim, um raio que caiu na subestação de energia e deixou a cidade toda sem luz por 20 horas. Um verdadeiro caos! Imagine uma cidade turística, em alta temporada, sem energia elétrica por tanto tempo. Vários estabelecimentos ficaram fechados ou permaneceram funcionando com restrições, sem aceitar cartão para pagamento, por exemplo. Pelos relatos que ouvimos não é tão incomum a falta de energia, mas dificilmente ela dura tanto tempo assim. Mas já aprendemos que na próxima vez vamos levar algumas velas ou lanterna na viagem, ajuda muito.
Tirando este contratempo, adoramos Paraty e com certeza é um lugar que pretendemos visitar novamente! De lá, pegamos o carro e seguimos para Angra dos Reis, são 96 km pela rodovia Rio-Santos (BR-101). A viagem é bem tranquila e a paisagem é linda. Levamos 1h30 até Angra. É do cais da cidade que saem os barcos rumo à Ilha Grande. E esta segunda parte do passeio eu conto no próximo post. Aguardem!
Por Renata Moretto
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